Depressão
Opções de tratamento, sintomas e causas
Dados chaves
A depressão é uma condição mental comum e afeta cerca de 264 milhões de pessoas em todo o mundo.
Doença atinge cerca de 13% da população entre os 60 e 64 anos de idade, de acordo com a pesquisa nacional de saúde.
Fatores de risco para a depressão incluem eventos estressantes, herança genética, doenças médicas, uso de drogas e álcool, entre outros.(1)
Os medicamentos mais comuns para tratar a depressão incluem inibidores seletivos da recaptação de serotonina e antidepressivos tricíclicos.(2)
A depressão pode afetar pessoas de qualquer idade, gênero ou raça.
O que é a depressão?
A depressão é uma desordem emocional que leva a uma profunda mudança no modo como as pessoas pensam, sentem e agem. De acordo com a literatura médica, a depressão é caracterizada por uma combinação de emoções como tristeza, raiva, frustração, solidão e perda que afetam o funcionamento geral do corpo.
As pessoas que sofrem de depressão enfrentam dificuldades para realizar atividades cotidianas, como levantar da cama e iniciar o dia, tendo complicações no trabalho, na alimentação, na educação, nas relações interpessoais, na autoestima e na forma como veem a si mesmas e a vida.
A literatura aponta várias causas para a depressão, incluindo o impacto emocional negativo de um diagnóstico de doença grave, fatores genéticos predisponentes, transtornos de personalidade, traumas psicológicos, experiências de sobrecarga e estresse, entre outros. Além disso, a síndrome motivacional que acompanha a depressão faz com que as pessoas percam o sentido da vida.
Você sabia que...
Segundo a OMS, existem atualmente mais de 300 milhões de pessoas que sofrem de depressão clínica no mundo, a qual pode, na pior das hipóteses, levar tanto a um comportamento auto-destrutivo como ao suicídio.
Sintomas de depressão
Os sintomas da depressão começam a ser refletidos através de um constante estado de tristeza que impede as pessoas de funcionar como antes. A depressão é um distúrbio emocional que afeta os ABCs:
Qual a diferença entre tristeza e depressão?
"A depressão tem muitos componentes e sintomas, um deles é a tristeza. Porém, a tristeza é um sentimento a que todos nós estamos sujeitos vez ou outra quando algum fato ou situação nos deixa tristes. Entretanto, o sentimento de tristeza, não nos deixa menos produtivos, enquanto no estado depressivo o sentimento ruim não dá trégua, nos deixa prostrados e sem vontade ou iniciativa para fazer qualquer coisa. Além disso, a depressão afeta muitos aspectos da vida: trabalho, relacionamentos, saúde, vida social e família".
A depressão merece atenção profissional, tratamento clínico e psicoterapêutico, que são ações que buscam o alívio e a transformação do sofrimento emocional.
Atenção!!! Identificar-se com um ou mais dos sintomas de depressão mencionados abaixo NÃO significa necessariamente que tenha este transtorno emocional.
São eles:
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Um constante estado de tristeza durante a maior parte do dia.
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Anedonia: incapacidade ou perda do interesse em ter prazer nas atividades diárias, passatempos, interações sociais, etc.
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Problemas com o sono, insônia ou dormir em excesso.
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Fadiga constante e energia diminuída quase todos os dias.
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Significativa perda de peso ou diminuição significativa do apetite.
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Sentimentos constantes de culpa e auto-repreensão.
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Problemas de concentração e memória.
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Lentidão no pensamento e na fala. Diminuição do movimento físico, que é facilmente observado por outros.
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Pensamentos intrusivos e recorrentes sobre a morte.
Diagnóstico de depressão
De acordo com a última versão do Manual de Diagnóstico e Estatística dos Transtornos Mentais da Associação Psiquiátrica Americana(3), cinco ou mais dos sintomas acima referidos devem durar pelo menos duas semanas e resultar numa deficiência significativa no funcionamento para serem considerados depressão.
É muito comum que a depressão seja confundida com se sentir triste, com distúrbios de ansiedade, com problemas associados ao medo e à angústia, ou com problemas emocionais em geral. Quando as atividades básicas da vida cotidiana são gravemente afetadas pela presença de sintomas, é importante consultar um profissional de saúde mental, psiquiatra ou psicólogo, para ajudar a determinar o diagnóstico de depressão como um transtorno emocional e propor o tratamento mais adequado.(4)
"Os sintomas da depressão são angústia, ansiedade, tristeza, etc., a depressão ativa quase a totalidade de nossos sentimentos ruins. Ela potencializa todos os sentimentos que são inerentes e normais no ser humano e os transformam em desordens ou transtornos mentais. O depressivo é acometido de intensa apatia e falta de vontade de viver e isso leva os depressivos a pensarem muito na morte. Outra característica marcante na depressão é a duração. Se não houver procura por tratamento, ela pode durar semanas, meses e até anos!”
É muito comum que a depressão seja confundida com sentir-se triste, com distúrbios de ansiedade, com problemas associados ao medo e à angústia, ou com problemas emocionais em geral, o que pode levar as pessoas a brincar aos "seus próprios psicólogos". Não cometa este erro! Tanto a automedicação como o auto-diagnóstico são inadequados e perigosos; sugerimos que os evite a todo o custo.
Embora muitas pessoas provavelmente pensem que consultar um psicólogo ou psiquiatra é estranho ou desnecessário, é importante compreender que cuidar da sua saúde individual e da saúde dos seus familiares não é sinónimo de fraqueza; pelo contrário, é um exercício de auto-consciencialização e reconhecimento pessoal que requer coragem. Consulte um especialista para que a sua situação não se agrave e que possa receber a atenção que merece.
O que dizer a alguém com depressão?
Se você está se perguntando como ajudar uma pessoa com depressão, o psicólogo Denival H. Couto , com meus anos de experiência no setor de saúde, relatou que esta é a parte mais difícil pois:
“Geralmente a pessoa que não é versada no tratamento da depressão, acaba piorando os sintomas depressivos com palavras ácidas ou críticas ao comportamento dele. Isso é o pior que podemos fazer!
Porém, podemos ajudar o depressivo, convidando-o para fazer alguma coisa que ele gosta como ir ao parque, fazer compras, caminhar ou até tarefas simples como ou ir à cozinha para ajudar fazer o jantar.”
Tipos de Depressão(3)
Transtorno depressivo maior
O transtorno depressivo maior é caracterizado por um humor depressivo, falta de motivação e perda de prazer nas atividades diárias por pelo menos duas semanas. O diagnóstico pode ser feito a partir de um episódio isolado, mas muitas vezes é recorrente. A tristeza profunda é comum, mas episódios depressivos intensos são raros entre os afetados.
Desordem depressiva persistente
A distimia é uma forma de depressão que se manifesta por um humor persistentemente triste, falta de satisfação e desinteresse nas atividades do dia a dia por, pelo menos, 2 anos. Em crianças e adolescentes, esses sintomas precisam estar presentes por, no mínimo, 1 ano.
Desordem disfórica pré-menstrual
Este tipo de depressão ocorre quando há constantes mudanças de afeto, alterações de humor, ansiedade e depressão durante a fase pré-menstrual do seu ciclo.
Depressão pré-natal e pós parto(4)
Esse tipo de depressão é caracterizado por um humor deprimido que afeta a capacidade da mãe de realizar atividades durante ou após a gravidez. Isso pode levar a dificuldades no cuidado de si mesma e do bebê.
Quando uma mulher sofre com a depressão pré ou pós-parto, ela pode ter dificuldade em se enxergar como mãe, o que pode afetar a amamentação e o vínculo com o bebê. Em casos graves, pode ser necessário designar um cuidador secundário para o bebê enquanto a mãe luta contra a depressão pós-parto.
Desordem depressiva induzida por substâncias ou drogas
Esta condição é caracterizada por tristeza e falta de motivação devido ao uso de substâncias ou medicamentos que afetam o sistema nervoso. O uso excessivo de substâncias como álcool, cocaína e alucinógenos pode levar a um distúrbio depressivo. É importante lembrar que esses sintomas não desaparecem quando o efeito da substância ou medicamento passa.
Transtorno depressivo devido a uma doença médica
Os efeitos fisiológicos de outra doença já diagnosticada podem ser a causa da depressão, perda de interesse e prazer da pessoa.
Pessoas com doenças autoimunes, HIV, Alzheimer, epilepsia, diabetes, hipotireoidismo, câncer, lúpus, entre outras, podem experimentar depressão devido a causas médicas.
Causas da Depressão
Existem múltiplas causas da depressão(5) e fatores associados ao porquê de alguém sofrer de depressão. Os diferentes tipos de depressão têm múltiplas origens, incluindo fatores individuais e sociais.
1. Causas genéticas da depressão
Estima-se que as pessoas, cujos familiares diretos sofrem ou sofreram de depressão, têm entre 1,5 e 3 vezes mais probabilidades de desenvolverem depressão na vida adulta.(6)
Além disso, estudos científicos recentes demonstraram que tanto a depressão como a ansiedade da mãe durante a gravidez podem ser herdadas pelos bebês e podem causar ansiedade e perturbações depressivas no futuro.(10)
2. Causas biológicas da depressão
As causas biológicas estão relacionadas a um desequilíbrio nos neurotransmissores, que são substâncias químicas que permitem a comunicação entre diferentes partes do cérebro. Assim, estudos apontam que a falta de serotonina e dopamina pode ser um fator importante na ocorrência da depressão.
3. Causas sociais da depressão
Influência familiar
Problemas tais como violência doméstica, divórcio, alcoolismo na família, histórico de doença mental e uma predisposição para a depressão estão relacionados com o aparecimento de sintomas depressivos nos adolescentes.
Experiências traumáticas(7)
O abuso emocional e sexual na infância está associado ao início da depressão na adolescência ou na vida adulta, nas mulheres e nos homens. Além disso, a negligência durante a infância, acidentes traumáticos, danos físicos irreversíveis, entre outros, podem causar depressão nos adolescentes.
Estresse
Estudos comprovam a existência de uma ligação próxima entre a presença de estresse na escola durante a infância, a insatisfação na sala de aula, baixo rendimento escolar, bullying, relações com professores e o surgimento de sintomas de depressão na adolescência. Por outro lado, no mundo adulto, o estresse causado por excesso de trabalho, questões financeiras, desemprego, frustração profissional, entre muitos outros fatores, pode ter um impacto significativo no surgimento de sintomas depressivos.
Dependência de múltiplas substâncias psicoativas e medicamentos
O uso crônico de substâncias psicoactivas e de alguns medicamentos aumenta o risco do aparecimento de depressão, uma vez que produzem alterações químicas no cérebro e no comportamento.
4. Causas socioculturais da depressão(3)
Fatores como a educação, valores sociais, condições sociais, religião, cultura e alguns padrões de comportamento desempenham um papel importante no desenvolvimento da depressão.
5. Outras causas da depressão
Mudança de casa ou de escola, questões relacionadas com a sexualidade, sentimentos de desespero são outras causas da depressão.
Além do mais, um grande causador de depressão é a insatisfação com o peso corporal, como ocorre, tanto nos casos de obesidade, como nos de bulimia e anorexia.
Tratamento da Depressão(8)
“A depressão é um dos transtornos mais difíceis de ser tratado. A psicoterapia é chamada de “Terapia da fala”. É preciso haver diálogo para que a terapia tenha efeito e efetividade. Entretanto, os depressivos interagem muito pouco e, muitas vezes, nem argumentam quando é solicitado. Existem, porém, algumas técnicas que funcionam melhor no tratamento do transtorno depressivo, a abordagem psicoterápica fundada por Aaron T Beck, psiquiatra e psicólogo americano, a qual ele denominou – TCC – Terapia Cognitivo Comportamental. Além de outras abordagens comportamentais cuja eficácia no tratamento do transtorno depressivo são rápidas e eficazes.”
Existem diferentes abordagens de tratamento para a depressão, porém, dependendo da gravidade da depressão, é comum combinar a psicoterapia com o uso de medicações psicotrópicas para ajudar a modular os sintomas e as emoções. (Somente prescrito por um psiquiatra).
Ter uma dieta balanceada
Uma dieta rica em alimentos que ajudam a produção de neurotransmissores é uma peça chave para combater a depressão, assim como a serotonina, que pode ajudar a equilibrar o estado físico.
Alimentos como arroz, massas, produtos lácteos, ovos, cereais, leguminosas, carne branca, bananas, entre outros, podem ajudar a facilitar este processo.
Uma dieta saudável não só contribui para minimizar os sintomas da depressão, como também ajudam no controle do colesterol e de problemas cardíacos.
Fazer atividade física regularmente
Um corpo estático e imóvel torna-se um capacitor para uma mente estática e imóvel também. Desta forma, permanecer ativo através do exercício pode ajudar a atividade psicomotora e a energia a aumentar. O corpo e a mente estão em constante alinhamento.
Psicoterapia(8)
A psicoterapia ajuda a compreender, identificar e transformar a depressão com a supervisão de um profissional de saúde mental.
Externalizar os pensamentos
A externalização de pensamentos é uma boa forma de identificá-los, especialmente quando existem pensamentos negativos associados à depressão. Um bom exercício para atingir este objetivo é descrevê-los.
Diminuir o consumo de álcool
O álcool é um depressor do Sistema Nervoso Central, o que não faz dele uma influência perigosa para a depressão. O consumo de álcool fará com que o humor tenda a permanecer depressivo e a piorar consideravelmente ao longo do tempo. Sentimentos de culpa, solidão e ideação suicida podem ser aumentados pela ingestão de álcool.
O que fazer após o tratamento da depressão?
“Momentos de depressão que podem durar uma tarde, um dia ou alguns dias, não é um transtorno depressivo, trata-se de uma reação normal a um acontecimento desanimador e desagradável que causa muita tristeza ou decepção. A depressão patológica é longa e carregada de intensidade. Dependendo do tratamento, o paciente volta à normalidade e passa a agir sem os problemas que são causados pela depressão. Familiares, amigos e parentes próximos devem tratar o ex-depressivo de modo a incentivá-lo a fazer o que gosta e da forma que pede sua personalidade.”
Custos do tratamento da Depressão
O tempo de tratamento bem como o número de consultas e sessões variam drasticamente com o quadro clínico do paciente.
Consulta e tratamento com um psicólogo/psicanalista
De R$150,00 a R$400,00
Consulta e tratamento com um psiquiatra
De R$250,00 a R$600,00
Mitos e verdades sobre a depressão
A depressão não tem cura.
A depressão TEM CURA! A psicoterapia e a terapia psicofarmacológica são fundamentais para o tratamento. Não são mutuamente exclusivas, mas complementares entre si. Contudo, a experiência de tratamento é única para cada pessoa, e pode variar em duração de acordo com a abordagem do psicanalista, do psicólogo e do psiquiatra.
A pessoa pode escolher se vai estar deprimida ou não.
A depressão NÃO é uma escolha. A depressão reúne uma série de sintomas que se impõem à vontade de uma pessoa. Passar por uma depressão envolve sofrimento emocional e um desafio árduo para a pessoa que a experimenta.
Os antidepressivos são viciantes.
Ao contrário dos sedativos, tranquilizantes e derivados dos opióides, os antidepressivos NÃO produzem dependência. No entanto, a sua ingestão deve ser controlada e apenas prescrita por um médico. Estes medicamentos também não podem ser abandonados à vontade do paciente; este é um processo gradual e ao comando do médico que os trata.
A depressão pré e pós-parto na mãe afeta o bebê.
Desde as etapas iniciais da gravidez, as emoções da mãe impactam de forma significativa a formação de novas conexões neurais e o desenvolvimento cerebral do feto. O estresse, a ansiedade e a tristeza profunda podem liberar hormônios na mãe, cuja presença pode afetar o desenvolvimento do bebê em diferentes momentos da vida.
Se essas emoções são intensas e duram por um período prolongado, elas podem mudar a química do cérebro do feto. Quando o bebê nasce, comportamentos maternos negativos, como falta de atenção, isolamento e incapacidade de amamentar, também podem afetar o recém-nascido.
Os psicólogos podem prescrever medicação para a depressão.
Os psicólogos NÃO podem prescrever medicamentos aos seus pacientes. Por este motivo, a pessoa delegada para este fim é o psiquiatra. Os psicólogos oferecem tratamentos terapêuticos que são fundamentais, uma vez que a ingestão de medicamentos por si só não terá os efeitos desejados.
Perguntas Frequentes
A tristeza é uma emoção básica, nós nascemos com ela, é automática e temporária. A depressão é uma doença em que a tristeza se torna sistemática, há perda de prazer, perda de interesse, pensamentos de morte, etc., e a pessoa é incapaz de funcionar como antes nas suas atividades diárias.
A medicação pode ser um modulador ou um ajudante, mas para algumas pessoas, o suficiente é o tratamento psicoterápico. Portanto, nem todos devem, necessariamente, usar medicação.
Sim, pode estar. O álcool é um depressor do Sistema Nervoso Central e, portanto, aumentará gradualmente o sentimento constante de tristeza, culpa, solidão e confusão, e poderá mesmo aumentar as tendências suicidas. Por esta razão, NÃO é aconselhável consumir álcool durante estados depressivos.
Sendo uma doença, a depressão requer um diagnóstico rigoroso e um tratamento profissional adequado para evitar o seu agravamento. Não é aconselhável tentar ultrapassá-lo sozinho, e não há provas científicas que sustentem esta ideia.
Sim, de fato, a depressão adolescente é um exemplo particular de uma perturbação emocional e comportamental típica do período pubertário. Está associado a mudanças no sistema endócrino que normalmente ocorrem durante esta época.
Lembre-se que os pais têm um papel crucial em criar uma relação de confiança e um espaço para que possa ser abordado assuntos de uma forma tranquila, livre de julgamentos. Caso não haja, isso pode levar o adolescente a fechar-se ainda mais e não concordar em consultar um especialista.
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