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Dados chaves

Doenças cardíacas, AVC, diabetes tipo 2 e alguns tipos de cânceres podem estar relacionados com obesidade.(1)

67% dos brasileiros e 57% das brasileiras estão acima do peso ou obesos.(2)

A cada 5  brasileiros, 1 está obeso.(2)

50,3% da população brasileira na faixa etária entre 18 - 24 anos apresentam excesso de peso.(3)

15% das crianças e 8% dos adolescentes sofrem de problemas de obesidade no Brasil.(2)

8 em cada 10 adolescentes brasileiros continuam obesos na fase adulta.(3)

O que é a obesidade?

Jones Alves Roque
Jones Alves Roque - Nutricionista:

“Obesidade é um distúrbio que envolve excesso de gordura corporal, aumentando o risco de problemas de saúde. O IMC acima de 30 já é um marcador de obesidade.”

A obesidade (CID 10 - E66) é uma doença crônica, normalmente com início na infância ou na adolescência e é caracterizada por ser uma doença que tem múltiplas causas e afeta todos os sistemas do corpo humano, aumenta a mortalidade, diminui a qualidade de vida e as chances de sobrevivência. Além disso, a obesidade é também considerada uma epidemia global pela Organização Mundial de Saúde (OMS), fato que atrai atenção e exige cuidados.

¿Sabías que?

Sabia que?...

Segundo a OMS, em 2016, mais de 1.9 bilhões de adultos acima dos 18 anos estavam com sobrepeso. Ainda, desses 1.9 bilhões, 650 milhões sofriam de obesidade. Isso representa 39% da população mundial com sobrepeso e 13% com obesidade.

O peso corporal e o acúmulo de gordura são influenciados por uma constante interação de fatores ambientais, genéticos e mecanismos neuroendócrinos regulados pelo hipotálamo que compõem uma parte do cérebro e, além de outras funções, é responsável pela regulação do peso homeostático.

Entretanto, o principal fator causador do excesso de peso e também da obesidade é o consumo de alimentos em uma quantidade exagerada , em que a energia calórica ou calorias gerada pelos mesmos excede a quantidade de energia que o indivíduo gasta em suas atividades diárias. Consequentemente, as calorias excedentes ingeridas, ou seja, as calorias não utilizadas, irão em algum momento se transformar em gordura corporal.

Diferença entre excesso de peso e obesidade

Nem todo o excesso de peso é considerado obesidade, o que determinará se o indivíduo apresenta obesidade é o índice de massa corporal (IMC). O IMC é uma relação entre o peso de uma pessoa e a sua altura:(4)

Índice de masa corporal = (Peso /altura²).

Atenção! Embora o sobrepeso e a obesidade sejam calculados desta forma, é muito importante saber o motivo do peso elevado. Por exemplo, uma pessoa que pratica muito esporte e tem uma alimentação saudável pode ganhar peso e aumentar o IMC, mas isso é devido a um aumento da massa muscular e não de gordura.

Como saber se está com sobrepeso ou obesidade?

A Organização mundial da saúde definiu alguns padrões de situação nutricional e classificação de acordo com a numeração obtida quando encontrada a relação entre peso e altura através do cálculo dividindo o peso em kg pela altura em metros ao quadrado:

Índice de Massa Corporal = (Peso / Altura²).
Abaixo de 18.5 Abaixo do peso ideal
Entre 18.5 – 24.9 Peso ideal normal
Entre 25.0 – 29.9 Pré-obesidade
Entre 30.0 – 34.9 Obesidade grau I - Obesidade Moderada
Entre 35.0 – 39.9 Obesidade grau II - Obesidade Avançada
Acima de 40 Obesidade grau III - Obesidade Mórbida

Estas medidas são eficazes na identificação do seu nível de excesso de peso e obesidade. São aplicáveis também para todos os gêneros e idades.

Obesidade infantil

Você tem filhos, sobrinhas, sobrinhos, afilhados ou irmãos mais novos? Tal como nos adultos, a obesidade infantil caracteriza-se por um excesso de gordura corporal que resulta num aumento de peso preocupante tanto em crianças, quanto em adolescentes.(5),(6)

Jones Alves Roque
Jones Alves Roque - Nutricionista:

“Os fatores mais preocupantes sobre a obesidade infantil são a perpetuação desses hábitos na adolescência e na fase adulta.”

Atenção! Para falar da obesidade infantil, é importante compreender que a quantidade de gordura corporal armazenada no corpo varia de acordo com as fases de desenvolvimento, e também pode haver crianças e adolescentes com estrutura corporal maiores do que a média.

¿Sabías que?

Sabia que?...

Um total de 25.9% de pessoas com mais de 18 anos têm sobrepeso no Brasil, totalizando cerca de 41.2 milhões de brasileiros.

Infelizmente, as más notícias não param por aí. De 2003 a 2019, a obesidade nos brasileiros com idade entre 20-30 anos aumentou de 12,2% para 26,8% e um a cada cinco adolescentes com idade entre 15 e 17 anos estavam acima do peso em 2019.

Outro dado relacionado é que, aproximadamente um terço dos jovens entre 18 e 24 anos apresentam sobrepeso e esse número aumenta ainda mais entre os que têm entre 40 e 59 anos, correspondendo a 70,3%.(7)

Causas da obesidade (8)

Algumas outras causas de obesidade e fatores de risco são:

Falta de exercício

Falta de exercício e um estilo de vida sedentário.

alimentos muito calóricos

Falta de dieta balanceada: Consumo constante de alimentos muito calóricos, tais como hidratos de carbono, açúcares e gorduras (alimentos rápidos e congelados).

História hereditária

História hereditária ou familiar de problemas de excesso de peso ou obesidade.

stress familiar e emocional

O trabalho, ansiedade, o estresse familiar e emocional, bem como a depressão, aumentam o risco de aumento de peso. Comer em excesso pode ser uma forma de canalizar o estresse gerado por situações pontuais do dia-a-dia.

medicamentos

Fatores médicos e utilização de certos medicamentos (por exemplo, propranolol, lítio, amitriptilina, paroxetina, etc.).

Fatores socioeconômicos

Fatores socioeconômicos associados à falta de acesso a alimentos saudáveis, frescos e de boa qualidade.

Tipos de obesidade(9)

Os valores do índice de massa corporal (IMC) através dos quais se pode identificar os tipos de obesidade são:

Índice de Massa Corporal = (Peso / Altura²)
Grau I ou obesidade moderada IMC 30 a 34,9
Grau II ou obesidade avançada IMC de 35 a 39,9
Obesidade Grau III - obesidade mórbida IMC superior a 40

Além dos tipos de obesidade por índice de massa corporal, existem outras classificações como:

Obesidade por distribuição da gordura corporal

O padrão de distribuição da gordura corporal parece ser mais expressivo na determinação de problemas metabólicos para a obesidade do que o total de gordura no corpo.

Há uma diferença de acúmulo de gordura entre homens e mulheres. Homens geralmente acumulam tecido adiposo no abdômen enquanto em mulheres, o acúmulo é geralmente gerado na região glúteo-femoral (glúteo e coxas). Além do mais, com o mesmo IMC, mulheres tendem a estocar gordura na região subcutânea (abaixo da pele) enquanto homens tendem a estocar na região visceral (ao redor dos órgãos).(10)

Existem dois padrões de distribuição corporal: android (depósito de gordura na região da barriga) e ginóide (distribuição de gordura ao redor do quadril). O padrão android está relacionado com o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes do tipo 2. Já o padrão ginóide está mais relacionado com a proteção das áreas.

Através de um processo chamado lipólise, o tecido adiposo libera ácidos graxos livre na corrente sanguínea e frequentemente são inibidos pela insulina e estimulados pelas catecolaminas.

Muitos distúrbios com a lipólise podem ocorrer, o que pode estar associado com obesidade. Outro ponto a ser considerado na distribuição de gordura corporal é o balanço entre estrogênio e androgênio nos tecidos adiposos. A deficiência de estrogênio, que está presente no período pós-menopausa faz que seja gerada uma mudança do formato ginóide (em forma de pêra) para o formato andróide (em forma de maçã) e pode estar relacionada com aumento de propensão ao desenvolvimento de doença cardiovascular e diabetes tipo 2 em mulheres.(11)

Para identificar o padrão de acúmulo de gordura de cada corpo, indica-se mensurar a circunferência abdominal. Pessoas com acúmulo de gordura nessa região, têm risco de desenvolver diabetes, hipertensão, hipertrigliceridemia, problemas cardíacos e até alguns tipos de câncer.

Obesidade por causas variadas

1

Obesidade genética ou hereditária

Os genes parecem apresentar um papel importante quando o assunto é susceptibilidade ou propensão à obesidade. Alguns desses genes atuam na regulação do alimento ingerido através da ação no sistema nervoso central.(12)

Jones Alves Roque
Jones Alves Roque - Nutricionista:

“A obesidade genética ou hereditária é devido a uma predisposição, porém a genética deve ser visto como uma arma, no qual você puxa ou não puxa o gatilho.”

2

Obesidade dietética (CID 10 - E66.0)

Além do tipo de alimentação rica em gorduras trans e animal, carboidratos compostos e açúcares intrínsecos, a quantidade ingerida também contribui para a obesidade.

Ingerir grandes quantidades de comida processada, excesso de bebida alcoólica, sobremesas e bebidas adocicadas como refrigerantes e sucos artificiais causam um desequilíbrio e como resultado, geram o aumento de peso pela gordura acumulada. O consumo de porções maiores do que a que seria necessária também estão associados com obesidade no sentido de acostumar o estômago com grandes porções e assim, fazer com que o mesmo dilate e aumente de tamanho, proporcionando espaço para mais e mais comida.

3

Obesidade devido a desequilíbrios no sistema de controle do peso corporal

¿Sabías que?

Sabia que?

Muito mais do que apenas força de vontade, o próprio corpo tem mecanismos que impedem o emagrecimento. O organismo humano interpreta a perda de peso como um caso de ter a sobrevivência ameaçada, por isso o corpo estoca gordura.

O controle do balanço energético dos seres humanos é realizado pelo sistema nervoso central e hormônios como a leptina e a insulina que sinalizam neurônios especializados do hipotálamo sobre os estoques de gordura do organismo e induzem respostas apropriadas para a manutenção da estabilidade desses estoques.

O desequilíbrio no controle de peso se dá pela alteração e dificuldade de barreira para a ação desses hormônios. A leptina é responsável pela manutenção do peso corporal, depósitos de gordura e tudo que for relacionado com a manutenção da vida do indivíduo frente a carência de alimentos. Os indivíduos que não sintetizam a leptina são menos aptos a sobreviver em casos de alimentação restringida ou precária.(13)

4

Obesidade devida ao efeito termogênico

Obesidade devida ao efeito termogênico pode ser resumida como não queimar calorias de forma eficiente.

Primeiramente, é importante definir o que é efeito termogênico. Os seres humanos conseguem controlar a temperatura corporal constante do corpo através de mecanismos específicos que regulam a produção (termogênese) e liberação (termo dispersão) de calor.

O tecido adiposo é um dos responsáveis pelo fenômeno de termogênese adaptativa, que é uma capacidade que temos de aumentar o gasto energético quando o corpo é exposto ao frio ou certos alimentos termogênicos. O metabolismo extremamente lento é um dos fatores que causam obesidade, relacionados com a alta ingestão calórica.(14)

5

Obesidade devida a doenças endócrinas

Algumas condições tais como o hipertireoidismo e a síndrome de cushing podem causar sobrepeso e obesidade. O hipotiroidismo é caracterizado pela deficiência da glândula tireóide (em formato de borboleta na região da garganta) de produzir hormônios que regulam o metabolismo. Devido a deficiência na produção deste hormônio, o metabolismo se torna muito lento e ocorre um aumento de acúmulo de gordura.(14)

Outra condição endócrina relacionada à obesidade é a síndrome de cushing. Essa condição é causada por problemas nas glândulas adrenais, localizadas acima dos rins e responsáveis pela produção de cortisol. Esse hormônio é responsável pelo controle da pressão arterial, pela regulação de açúcar no sangue, pela redução de inflamação e, o mais importante, ele atua na transformação do alimento em energia.

Na síndrome de cushing, o que ocorre é que o hormônio cortisol é produzido em excesso, por um longo período, o que pode levar ao acúmulo de gordura no corpo.

6

Obesidade devido a medicação (CID 10 - E66.1)

Alguns medicamentos são famosos por causarem o aumento de peso. Entre eles estão os corticóides, os medicamentos usados no tratamento de depressão e esquizofrenia são outros exemplos.

Os remédios podem causar ganho de peso de diversas maneiras tais como por alterar o metabolismo e deixá-lo mais lento, por agir como estimulante de apetite, e outros medicamentos atuam na retenção de água, dando à pessoa um aspecto inchado. Outros, atuam na maneira como o corpo absorve os nutrientes e açúcares.(15)

Consequências da obesidade

Independentemente dos tipos, as consequências da obesidade podem ser variadas e graves. De acordo com a investigação clínica, verificou-se que as consequências da obesidade estão altamente correlacionadas com o aumento do risco de diabetes tipo 2, hipertensão, intolerância à glicose, níveis elevados de colesterol e triglicéridos, microalbuminúria, eventos cerebrovasculares, etc. Estes fatores podem contribuir para o desenvolvimento de uma síndrome metabólica.

Outras consequências da obesidade são elevada probabilidade de sofrer de doenças tais como: doença coronária, osteoartrite, refluxo gastro-esofágico, dores lombares, doença hepática não alcoólica, apnéia obstrutiva do sono, asma, dislipidemia, entre outras. Além disso, uma das consequências mais alarmantes da obesidade é a probabilidade de sofrer de alguns tipos de câncer, como o câncer do cólon, endometrial, câncer de mama e de próstata.

Como prevenir a obesidade?

A questão de como prevenir a obesidade é fundamental para evitar a sua progressão e controlar as consequências negativas que ela pode ter na saúde em geral.

Jones Alves Roque
Jones Alves Roque - Nutricionista:

“A melhor forma de prevenir a obesidade é através de políticas públicas, oferecer alimentos de qualidade e toda população ter acesso a eles. Grande parte do problema atualmente é a disponibilidade de alimentos hiper palatáveis, de fácil acesso e preço baixo.”

Meios individuais de prevenção da obesidade podem ser:

Mantendo um peso ideal e saudável

Mantendo um peso ideal e saudável.

Deve considerar-se que uma forma de prevenir a doença é perder o excesso de gordura até atingir um nível ideal de peso corporal de acordo com a sua idade, sexo, altura e condição médica. A forma saudável de perder peso é obter nutrientes através de uma dieta sugerida pelo nutricionista, juntamente com um plano de atividade física que seja adequado à sua idade, sexo e condições médicas.

A redução do peso em excesso gera uma série de resultados positivos:

  • Diminui as doenças cardiovasculares;
  • Diminui as doenças cerebrovasculares;
  • Diminui a pressão arterial;
  • Melhora os níveis de colesterol e triglicéridos;
  • Ajuda a controlar a diabetes;
  • Melhora a qualidade de vida;
  • Promove o bem-estar psicológico
Nunca tentando regular o peso fazendo jejum completo.

Nunca tente regular o peso fazendo jejum completo.

Muitas pessoas acreditam que podem prevenir o excesso de peso e a obesidade simplesmente parando de comer, ou fazendo intervalos extensos entre refeições. Na realidade, este método pode promover o contrário, como maior ganho de peso corporal ou outras doenças associadas à glicose alta, colesterol e triglicéridos no sangue.

Mantenha uma dieta saudável

Mantendo uma dieta saudável.

Esta seja, talvez, a forma mais eficaz de prevenir o excesso de peso e a obesidade. Reduzir a ingestão de calorias, o consumo de bebidas açucaradas, lanches rápidos e alimentos congelados. Recomendamos discutir a quantidade de calorias que deve consumir diariamente com o seu nutricionista./p>

Tente também dar prioridade ao consumo de frutas secas, vegetais, frutas naturais, legumes e grãos, juntamente com fontes magras de proteínas como a soja, lentilhas e feijões. Além disso, pode controlar a quantidade de sal e açúcar que adiciona aos seus alimentos, assim como substituir as gorduras trans por azeite, nozes e canola, que são de fato boas para prevenir doenças cardiovasculares.

Tratamento da obesidade (16)

O objetivo do tratamento da obesidade é prevenir, tratar ou reverter as complicações da doença e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. Os benefícios para a saúde começam com uma perda de peso de aproximadamente 5% do peso corporal.

Acompanhamento psicológico e grupos de apoio

Acompanhamento psicológico e grupos de apoio:

Visitar um profissional especialista em saúde mental pode ajudá-lo a identificar problemas comportamentais e emocionais que estejam relacionados com a sua alimentação. Além disso, os grupos de apoio são muito úteis para aprender sobre a experiência de outros que passaram pela mesma condição que você, e as suas lições e conselhos podem ajudá-lo a agir e a sentir-se mais confiante sobre a possibilidade de melhorar.

Dieta rigorosa

Dieta rigorosa:

Geralmente recomenda-se a redução da ingestão calórica habitual do paciente em 500 a 1000 calorias; isto deve certamente ser indicado por um nutricionista, a ingestão média para os homens é de 1200 a 1600 calorias por dia e para as mulheres de 1000 a 1200 calorias por dia. Contudo, isto varia muito de acordo com a idade, atividade física, condições pré-existentes e é necessário um controle rigoroso da dieta para evitar a perda de vitaminas, minerais e nutrientes essenciais.

Atividade física

Atividade física:

Para o tratamento da obesidade e do excesso de peso é recomendada a prática de exercícios de intensidade baixa a moderada durante um período mínimo de 30 minutos, idealmente, 45 minutos por dia durante 5 dias por semana (mínimo). De um modo geral, recomenda-se que se caminhe diariamente entre 7.000 e 10.000 passos por dia como uma alternativa ou complemento à atividade física diária.

Tipos de atividades chave

Tipos de atividades chave:

Aeróbica: A que proporciona saúde cardíaca e pulmonar (caminhar, andar de bicicleta, correr, nadar) é a que deve ser feita de forma consistente.

Fortalecimento ou resistência muscular: Aumenta a força muscular e deve ser realizada pelo menos 2 dias por semana, utilizando equipamento como pesos, elásticos de resistência ou o seu próprio peso corporal (agachamentos, flexões, entre outras técnicas dentro do escopo da calistenia).

Alongamento: Estes são exercícios que oferecem equilíbrio, flexibilidade e mobilidade muscular, e podem geralmente ser realizados após os exercícios anteriores. Bons exemplos incluem Pilates, Yoga e Tai-chi.

Atenção: O exercício deve ser controlado por um profissional de saúde para saber que tipo de atividade é melhor para si e para garantir os melhores resultados no tratamento da obesidade e do excesso de peso.

Medicamentos para ajudar na perda de peso

Medicamentos para ajudar na perda de peso:

Para o tratamento da obesidade, existem vários medicamentos que podem ajudar a perder peso e eles estão divididos de acordo com o seu mecanismo de ação:

  • Os que diminuem a ingestão de alimentos.
  • Os que aumentam as despesas energéticas.
  • Os que afetam o metabolismo ou a absorção de nutrientes.

No entanto, o perfil de cada medicamento deve ser avaliado pelo seu médico endocrinologista no processo de tratamento da obesidade, uma vez que alguns têm efeitos secundários tais como diarréia, gases, náuseas, boca seca, insônia, palpitações, tremores e hipertensão. Alguns medicamentos supressores do apetite, como a sibutramina, podem causar efeitos secundários neurológicos adversos e por vezes graves, além de ser viciante.

Cirurgia para perda de peso

Cirurgia para perda de peso:

Este é o último recurso caso todos os métodos tradicionais de tratamento da obesidade não sejam bem sucedidos. É importante que os comportamentos alimentares tenham sido modificados, uma vez que o risco de recaída, mesmo após a cirurgia, permanece elevado.

Os procedimentos cirúrgicos são divididos em 2 tipos: Restrição (impedem a entrada de alimentos em excesso) e Má absorção (interferem com a absorção de nutrientes).

Aqui estão alguns exemplos:

1

Restrição

  • Gastroplastia com banda vertical: o estômago é cortado e é colocada uma banda para impedir a entrada de alimentos.
  • Manga gástrica: cerca de 80% do estômago é removido.
  • Balão intragástrico é colocado um balão dentro do estômago para aumentar a sensação de saciedade
2

Má absorção

desvio biliopancreático (O intestino "passa por cima" do estômago para evitar a absorção de nutrientes).

3

Misto

bypass gástrico (O estômago é cortado ao ponto de tolerar apenas 30 mililitros e é criada uma ponte até ao intestino para diminuir a absorção).

Mitos e verdades sobre a obesidade

Mito #1

Para livrar-me da obesidade, basta ter força de vontade.

A verdade

Obesidade é uma doença complexa que exige atenção profissional e vai além da simples força de vontade para curá-la. Devido às diversas causas que podem gerar obesidade, tais como hormonais, genéticas e hábitos pouco saudáveis como dormir poucas horas por noite, dor crônica e utilizar certos medicamentos. Ter força de vontade é fundamental no tratamento da obesidade, porém não é tudo.

Mito #2

Meus pais são obesos então eu também serei.

A verdade

A obesidade pode ser multicausal. Ter pais com sobrepeso ou obesidade geralmente gera filhos com os mesmos hábitos alimentares e físicos por servirem de exemplo. Porém, isso não é uma regra. Não necessariamente os filhos terão sobrepeso e se tiverem, isso pode ser causado por outras diversas razões.

Mito #3

Obesidade causa diabetes.

A verdade

A obesidade pode ser uma das causas indiretas de diabetes tipo 2. Devido ao excesso de ingestão de alimentos que, muitas vezes contém altíssimas doses de açúcares e carboidratos, diabetes do tipo 2 pode-se desenvolver por causas indiretas, em consequência dos maus hábitos alimentares.

Mito #4

O único tratamento para a obesidade é a redução de estômago.

A verdade

A cirurgia bariátrica é indicada em casos de obesidade mórbida, ou obesidade grau 3. Além do mais, existem diferentes tipos de cirurgia bariátrica. São elas: Bypass gástrico, Banda gástrica, Derivação biliopancreática e Gastrectomia vertical. A indicação de cada cirurgia pode ser feita pelo médico especialista e pode variar consideravelmente de caso para caso. Para outros graus de obesidade, reeducação alimentar, exercícios físicos e medicação controlada podem contribuir para o tratamento.

Mito #5

Posso comprar remédios para emagrecer sem prescrição médica.

A verdade

A medicação para emagrecer é, geralmente, de tarja preta. O que significa que uma receita especial deve ser gerada pelo médico e a medicação é de uso controlado. Desta forma, comprar medicamentos de prescrição controlada implica em visitar um profissional e, por indicação do mesmo, iniciar o tratamento medicamentoso. Este jamais deve ser feito sem a orientação médica devido aos efeitos colaterais.

Perguntas Frequentes

O que causa obesidade?

As causas da obesidade podem ser das mais variadas e nem sempre está relacionada somente com a alimentação irregular e a falta de exercícios físicos ou sedentarismo. A obesidade também pode ser influenciada por fatores hormonais ou genéticos.

Por que deve-se falar sobre a obesidade infantil?

A obesidade infantil é particularmente alarmante porque aumenta a probabilidade das crianças desenvolverem condições médicas quando adultos tais como hipertensão, colesterol alto, triglicérides alto, diabetes, entre outros. Verificou-se também que a obesidade infantil está ligada ao início da depressão adolescente, ansiedade e problemas de auto-estima.(6)

Como calcular meu IMC (Índice de massa corporal)?

O IMC é o índice de massa corporal, que é uma relação entre o peso de uma pessoa e a sua altura e pode ser calculada de de acordo com a seguinte fórmula:

Índice de masa corporal = (Peso /altura²).

Quais são os tipos de obesidade?

Uma das maneiras de classificar os tipos de obesidade é de acordo com o índice de massa corporal. Assim, de acordo com os padrões internacionais, existe a obesidade de Grau I ou moderada, Grau II ou obesidade grave ou avançada e Grau III ou obesidade mórbida. Os valores do índice de massa corporal (IMC) através dos quais se pode identificar os tipos de obesidade são:

Grau I ou obesidade moderada: IMC 30 a 34,9

Grau II ou obesidade avançada: IMC de 35 a 39,9

Obesidade Grau III - obesidade mórbida: IMC superior a 40

Obesidade tem cura?
Jones Alves Roque
Jones Alves Roque - Nutricionista:

“Sim, o tratamento indicado é o multidisciplinar, visto que a obesidade é uma doença multifatorial.”

No final, a abordagem do tratamento da obesidade deve ser um conjunto de múltiplos especialistas, tais como um psicólogo, nutricionista, médico do esporte, clínico geral, cardiologista, entre outros. Tudo isto com a intenção de alcançar o objetivo final de perda de peso, que é SER SAUDÁVEL.

Nota: o termo "médico" é usado por fins de brevidade e objetiva incluir todos os profissionais da saúde.
Referências

1. Obesity is a Common, Serious, and Costly Disease. (2021, November 12). Centers for Disease Control and Prevention

2. IBGE - Agência de Notícias. (2019). IBGE

3. BBC News Brasil. (2017, April 18). As razões da explosão de obesidade no Brasil.

4. World Health Organization. (2019). Body mass index - BMI. WHO

5. NHS website. (2019, May 21). Causes. Nhs.Uk

6. Martínez, M. A. M., de la Luz Martínez Aguilar, M., Alpirez, H. A., Aleman, A. F., Sánchez, G. G., & Badillo, T. D. (2018). Relación entre obesidad y depresión en adolescentes. Cultura de Los Cuidados, 22(51), 154–159.

7. Obesidade Infantil e na Adolescência. (2019). Fio Cruz.

8. Stevens, J., & Truesdale, K. (2005). OBESITY | Fat Distribution. Encyclopedia of Human Nutrition, 392–399.

9. Man Medical Institute, clínica capilar líder en Madrid y España. (2021, June 2). ¿Sabes cuántos tipos de obesidad hay y cuáles son?

10. Forbes GB. Human body composition: growth, aging, nutrition, and activity. New York: Springer - Verlag; 2012. 343 p

11. Seckl, J. R., & Walker, B. R. (2004). Steroid Metabolism and the Metabolic Syndrome. Encyclopedia of Endocrine Diseases, 306–311.

12. Herrera, B. M., & Lindgren, C. M. (2010). The Genetics of Obesity. Current Diabetes Reports, 10(6), 498–505.

13. Donato Júnior, J., Pedrosa, R. G., & Tirapegui, J. (2004). Aspectos atuais da regulação do peso corporal: ação da leptina no desequilíbrio energético. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 40(3), 273–287.

14. Nawata, H., Watanabe, T., Yanase, T., Nomura, M., Ashida, K., Min, L., & Fan, W. (2010). Sex Hormone and Neuroendocrine Aspects of the Metabolic Syndrome. Neuroendocrinology - Pathological Situations and Diseases, 175–187.

15. When Your Weight Gain Is Caused by Medicine - Health Encyclopedia - University of Rochester Medical Center. (2021). URMC.

16. Alarcón-Sotelo, A., Gómez-Romero, P., De Regules-Silva, S., Pardinas-Llergo, M. J., Rodríguez-Weber, F. L., & Díaz-Greene, E. J. (2018). Actualidades en el tratamiento farmacológico a largo plazo de la obesidad. ¿Una opción terapéutica? Medicina Interna de Mexico, 34(6), 946–958.

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